Países que não respeitam os direitos humanos podem sair do calendário

A Fórmula 1 tem sido regularmente criticada nos últimos anos por sua opção de sediar corridas em países que seriam mal vistos, principalmente em relação aos direitos humanos, direitos das mulheres ou da igualdade das pessoas da comunidade LGBT. O repórter da Sky, Martin Brundle, falou sobre isso em sua entrevista com Domenicali e perguntou se havia um limite a partir do qual a Fórmula 1 não mais sediaria corridas em tais países.

"Minha opinião aqui é bem simples", respondeu Domenicali. "Nós realmente nos importamos com esta questão e também temos em nossos países (que sediam corridas) artigos muito claros de que se vemos algo que não está indo na direção certa, temos imediatamente o benefício de parar esse relacionamento. Nós temos auditores independentes acompanhando isso".

" A Fórmula 1 pode ter um impacto positivo"

No entanto, Domenicali não quer terminar essas parcerias muito cedo, porque, em sua opinião, a Fórmula 1 pode realmente contribuir para melhorar a situação. "Mas eu acredito que somos muito mais poderosos se estivermos indo a lugares onde eles estão mostrando vontade real de mudar, e a atenção que a Fórmula 1 chama vai ajudar essas mudanças a acontecerem mais rapidamente".

Domenicali foi então questionado se ele retiraria uma corrida do calendário caso sentisse que não haveria melhoria na situação dos direitos humanos no país anfitrião. Domenicali não deixou dúvidas sobre sua opinião. "A resposta é muito simples: sim", disse ele.